O desafio da inclusão digital na sociedade contemporânea.
Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.
Observações:
• Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa.
• O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.
• O texto deve ter, no mínimo, 25 (vinte e cinco) e, no máximo, 30 (trinta) linhas escritas. Por cada linha não escrita até o limite mínimo e por cada linha escrita além do limite máximo, o candidato perderá 1 (um) ponto.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
DIMENSÃO:
I. Aspectos textuais: 1.1. Conteúdo; 1.2. Tipo de texto; 1.3. Coerência; 1.4. Coesão
1.1. Conteúdo
1.1.1. Atendimento à proposta da instrução da prova
1.1.2. Progressão Temática
1.1.2.1. Manutenção Temática
1.1.2.2. Organização de temas e subtemas
1.1.3. Informatividade
1.2. Tipo de Texto
1.2.1. Adequação ao tipo de texto solicitado
1.2.2. Emprego de marcas caracterizadoras do tipo de texto solicitado
1.2.2.1. Marcas Macrotextuais
1.2.2.1. a. Observância do tipo de discurso (direto, indireto e indireto livre)
1.2.2.1. b. Paragrafação (quantidade e extensão)
1.2.2.2. Marcas Microtextuais
1.2.2.2. a. Emprego do registro linguístico apropriado ao tipo de texto proposto
1.3. Coerência
1.3.1. Adequação vocabular ao gênero proposto
1.3.2. Local ou interna (respeito à progressão temática concatenada)
1.3.3. Global ou externa (conformidade com informações de domínio público)
1.4. Coesão
1.4.1. Progressão referencial e sequencial em âmbito lexical e gramatical
1.4.1.1. Uso de elemento coesivo (conjunção, preposição, pronome, advérbio)
1.4.1.1.1. a. Construção do período (problemas de coesão entre períodos – uso inapropriado de conectivos)
1.4.1.2. Repetição frasal ou lexical desnecessária ou incompatível com o tipo de gênero de texto
1.4.1.3. Paralelismo Sintático
1.4.1.4. Título (forma nominal simples ou sintagma nominal referente ao tema)
II. Aspectos formais: 2.1. Gráficos; 2.2. Gramaticais
2.1. Gráficos
2.1.1. Mistura de letras (letras de padrão ou formato diferente)
2.1.2. Letra ilegível
2.1.3. Rasura
2.1.4. Margem do parágrafo
2.1.5. Uniformidade das margens.
2.1.6. Ortografia e notações gráficas (cedilha, apóstrofo, hífen, aspas, etc)
2.1.7. Acentuação
2.1.8. Pontuação (ausente e/ou inadequada)
2.1.9. Crase (para as locuções preposicionadas)
2.1.10. Translineação
2.1.11. Uso de letras maiúsculas e minúsculas
2.1.12. Junção indevida de palavras (hipossegmentação)
2.1.13. Separação indevida de palavras (hipersegmentação)
2.2. Gramaticais
2.2.1. Concordância nominal e verbal
2.2.2. Regência nominal e verbal
2.2.3. Colocação pronominal
2.2.4. Construção do período (problemas de coesão dentro do período – uso inapropriado de conectivos)
2.2.5. Omissão ou repetição de palavras ou frases
2.2.6. Crase (para os casos de regência nominal e verbal)
2.2.7. Correlação temporal e modal do uso do verbo
A Redação valerá 30 (trinta) pontos e será avaliada obedecendo aos critérios estabelecidos [acima] (...).
Obs.: Cada erro de ordem textual implica a perda de 5 décimos de um ponto, e cada erro de ordem formal, a perda de 2 décimos de um ponto.
(Disponível em: http://www.ufpi.br/copese/psiu09/ - acesso em 30/04/2010)
Afinal o que a redação do vestibular avalia (ou deve avaliar) no candidato à uma vaga na universidade? Nós, enquanto professores de língua, precisamos refletir continuamente acerca disso para termos condições de também ajudarmos nosso alunado nessa conquista.
Outro aspecto é acerca dos critérios adotados pela universidade (neste caso, a UFPI) para correção dos textos. O que está sendo privilegiado? Na sua opinião, estes critérios são justos? E a perda de pontos para “cada erro” desse detalhado quadro de critérios avaliativos também é justa para um texto que deve ser avaliado entre 0 e 30 pontos?
Vamos lá, professores! É o momento e o lugar de expormos nossas opiniões.
O espaço da redação de vestibular deveria ser reservado à reflexão e posicionamento crítico em relação aos temas propostos, ou seja, na hora de avaliar os textos deveria-se levar em conta, antes de tudo, aspectos como a argumentação, o ponto de vista, a criatividade, as idéias dos alunos. Não digo com isso que o formal não é importante, apenas creio não ser esse o único aspecto relevante, como aparece na proposta atual. Por se tratar de um texto escrito e que será avaliado, já é motivo suficiente para entender-se que o formal deverá está presente, mas este aspecto, entretanto, não precisa podar, por exemplo, a criatividade dos vestibulandos. O gênero redação de vestibular poderia, perfeitamente, admitir certa liberdade. Por que, por exemplo, proibir que haja narração no texto? Apenas porque o tipo textual é a dissertação? E quem falou que há textos completamente dissertativos, sem qualquer presença de descrições ou mesmo narrações de fatos que exemplifiquem um argumento? E quem pode afirmar que em um texto narrativo, em sua maioria, não possa haver argumentatividade???
ResponderExcluirLembrei-me de um conto que li, recentemente, a respeito de uma professora que, por não permitir a seus alunos a liberdade de decidir o que queriam desenhar, como seriam seus desenhos ou que cor usar para pintá-los acabou podando a criatividade deles e impossibilitando-os de pensar criticamente e decidir o melhor por eles mesmos.
Não seria isso o que estamos muitas vezes fazendo com os nossos alunos??? Querendo que eles escrevam o que pensamos, nos moldes que achamos mais "corretos" e até limitando o espaço físico (30 linhas) para isto?
Cara amiga Rozi, é bem pertinente essa sua posição, já que os PCN´s "cobram" o ensino de generos textuais, mas que genero textual é cobrado no vestibular??? por que nao explorar as possibilidades da lingua??? Acho q a resposta a uma dessas perguntas é que seria um pouco mais trabalhoso, porem acredito que seria viavel. É verdade que a forma é mais prestigiada que a criatividade. Eu penso que colocar um padrão a ser seguido é uma pratica social que não "combina" com as praticas linguisticas, pois a tentativa de padronização pretendida "força" o ensino a se encaixar aos moldes desse pensamento formal. Conversava outro dia com o Digenario, e discutimos sobre se falar em ensino de generos e da liberdade do estudante em criar textos mais reflexivos e criticos, porem no vestibular a cobrança maior é a escrita com base na linguagem padrão, assim o professor é forçado a preparar o aluno para o vestibular.
ResponderExcluirRozi e Bruno, concordo com o posicionamento de vocês. A punição de 1 ponto dada por cada linha não escrita até o limite mínimo que são de 25 linhas é o que achei mais exagerado, porque pode ter excelentes textos com 15, 16,17 linhas... e o contéudo pode ser maravilhoso... O critério normativo pode sim ser visto, mas a criatividade e o conteúdo deveriam contar muito mais...
ResponderExcluirPois é, pessoal, eu fiz essa postagem mais como uma provocação. Isto porque acho inconcebível os critérios de avaliação de uma dissertação de vestibular não contemplarem o que para mim é a base de um texto dissertativo: a argumentação e o ponto de vista. Se vocês prestarem atenção, apenas critérios de ordem formal e textual são avaliados; o ponto de vista e a posterior defesa deste ponto de vista, que constitui-se em argumentos, foram esquecidos, nem ao menos são avaliados em segundo plano.
ResponderExcluirEntão, um aluno que aprendeu a fazer "texto" ou protótipos de texto em manuais de redação pode agaranhar uma boa nota e um outro que se sobressai em criatividade e em argumentos e que, porventura, apresente um ponto de vista original pode receber uma nota consideravelmente inferior; e isto é o que mais me preocupa.