NÚCLEO DE PESQUISA EM TEXTO, GÊNERO E DISCURSO - Teresina - Piauí
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O discurso de nossos candidatos a presidente
Análise discursiva: O jornal O Estado de S. Paulo fez um levantamento lexical das palavras mais e menos pronunciadas pelos três candidatos a presidente do Brasil. Por que será que alguns candidatos preferem mais certas palavras do que outras? E por que será que evitam algumas palavras?
Muito interessante essa análise, porque revela o posicionamento do candidato, pode-se observar que o candidato Serra não utiliza a palavra mulher(es), muitos sentidos podem ser inferidos dessa opção, tais como: machismo, não se referir as outras candidatas (que são mulheres), o apelo ser mais geral etc. Ou seja, inserindo essas palavras no conteudo do discurso desses candidatos podemos inferir muito sobre intenção do seu discurso. Segundo Bakhtin, as palavras não são vazias de sentido, isto é, elas são "contaminadas" socio-axiologicamente, pois o individuo "escolhe" as palavras que irão "servir" ao seu proposito comunicativo com mais efetividade.
Este levantamento é muito interessante, porque nos confirma o suposto teoricamente. Se nos atermos ao discurso da presidenciável do PT, vemos claramente que o grande argumento é o da continuidade de uma plataforma de governo que proporcionou ao Brasil o bom desenvolvimento econômico. Isso fica claro pela recorrência, por exemplo, de "seguir/continuiar". Há a pouca recorrência da palavra "eu" e a grande frequência do nome próprio "Lula", no intuito de associar à sua candidatura a figura do então presidente.
Muito interessante essa análise, porque revela o posicionamento do candidato, pode-se observar que o candidato Serra não utiliza a palavra mulher(es), muitos sentidos podem ser inferidos dessa opção, tais como: machismo, não se referir as outras candidatas (que são mulheres), o apelo ser mais geral etc. Ou seja, inserindo essas palavras no conteudo do discurso desses candidatos podemos inferir muito sobre intenção do seu discurso. Segundo Bakhtin, as palavras não são vazias de sentido, isto é, elas são "contaminadas" socio-axiologicamente, pois o individuo "escolhe" as palavras que irão "servir" ao seu proposito comunicativo com mais efetividade.
ResponderExcluirEste levantamento é muito interessante, porque nos confirma o suposto teoricamente. Se nos atermos ao discurso da presidenciável do PT, vemos claramente que o grande argumento é o da continuidade de uma plataforma de governo que proporcionou ao Brasil o bom desenvolvimento econômico. Isso fica claro pela recorrência, por exemplo, de "seguir/continuiar". Há a pouca recorrência da palavra "eu" e a grande frequência do nome próprio "Lula", no intuito de associar à sua candidatura a figura do então presidente.
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